Só para relaxar......

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31 de agosto de 2011

Olho Seco????? Mas a lágrima não é molhada????

O olho seco é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes, ou seja, pouca quantidade e/ou má qualidade da lágrima. Este distúrbio no filme lacrimal e na superfície ocular pode produzir áreas secas sobre a conjuntiva e córnea, o que facilita o aparecimento de lesões. Os sintomas são de ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente do computador e olhos embaçados ao final do dia.
A doença está relacionada à exposição a determinadas condições do meio ambiente (poluição, computador), trauma (queimaduras químicas), alguns medicamentos, idade avançada, uso de lentes de contato, menopausa nas mulheres e doenças do sistema imunológico (síndrome de Sjögren, Stevens-Johnson e outras). Quando não diagnosticada e corretamente tratada, pode evoluir para lesão da superfície ocular e, em alguns casos, até à perda da visão.
A Síndrome do Olho Seco poder ser dividida em 2 grupos principais, de acordo com a fisiopatologia:
1) Deficiência aquosa do filme lacrimal (DAFL);
2) Evaporação excessiva, predominantemente associada à disfunção das glândulas de Meibomius ou deficiência de mucina.

O que causa o olho seco

1. O ambiente : Clima seco, com vento e ensolarado, fumaça de cigarro, a poluição, lugares fechados, calefação, ar condicionado e monitores de computador podem aumentar a evaporação e causar olho seco
2. Queimaduras químicas: A exposição a agentes químicos ocorre, na maioria das vezes, em acidentes industriais, acidentes domésticos ou em associação com atos criminosos e está associada ao desenvolvimento de olho seco As queimaduras por álcali ocorrem mais freqüentemente, geralmente numa proporção de 2:1, devido à presença destas substâncias em produtos de limpeza e materiais de construção em geral. Este tipo de queimadura também está associado aos casos mais graves de olho seco e destruição da superficie ocular.
3. Medicamentos: Descongestionantes e anti-histamínicos, tranqüilizantes, antidepressivos e pílulas para dormir, diuréticos, pílulas anticoncepcionais, alguns anestésicos, medicamentos para tratamento da hipertensão arterial (betabloqueadores) e para transtornos digestivos (anticolinérgico) podem causar olho seco
4. Lente de Contato: as lentes de contato diminuem a quantidade de oxigênio sobre a córnea, podendo causar irritação e sensação de olho seco. .
5. Idade e sexo: como regra geral, com a idade, a produção de lágrimas diminui. Aos 65 anos, por exemplo, uma pessoa produz 60% menos lágrimas que aos 18 anos. As mulheres freqüentemente têm esse problema agravado quando estão na menopausa por causa das mudanças hormonais. Estima-se que a incidência do olho seco na população de mais de 65 anos gire ao redor de 15% a 40% da população.
6. Doenças Sistêmicas associadas:
6.1. Síndrome de Sjögren
A Síndrome de Sjögren (SS ) é uma doença autoimune crônica, em que o sistema imunológico do próprio corpo do paciente erroneamente ataca as glândulas produtoras de lágrimas e saliva. Pode ser primária ou secundária, quando está associada a outras doenças reumatológicas como Artrite reumatóide, Lupus, Esclerodermia e outras. Os Linfócitos, tipo de células brancas do sangue, infiltram-se por estas glândulas provocando diminuição da produção de saliva e lágrimas. Assim, as características principais da Síndrome de Sjögren são secura nos olhos e na boca .
A Síndrome de Sjögren pode também causar secura de pele, nariz e vagina e pode afetar outros orgãos do corpo, inclusive os rins, vasos sangüíneos, pulmões, fígado, pâncreas e cérebro. Fadiga e dor nas articulações que podem comprometer de forma significativa a qualidade de vida do paciente.
Nove entre dez pessoas com Sjögren são mulheres. Embora a maioria das mulheres diagnosticadas, costumam estar na menopausa ou serem maiores de 65 anos, Sjögren pode ocorrer também em crianças, adolescentes e adultos jovens. Mulheres jovens com Sjögren podem apresentar complicações na gravidez. As causas específicas da Síndrome de Sjögren não são conhecidas, mas múltiplos fatores provavelmente estão envolvidos, dentre os quais os genéticos, viróticos, hormonais ou suas interações.
6.2. Stevens-Johnson
A síndrome de Stevens-Johnson é definida como uma enfermidade muco-cutânea severa, com envolvimento de pelo menos dois sítios mucosos e podendo cursar com aparecimento de bolhas e necrose cutânea. Já na epidermólise cutânea, praticamente todos os pacientes têm envolvimento de mucosas, especialmente a oral e conjuntival.
A incidência do eritema multiforme em suas diferentes formas clínicas varia de população para população. Na maioria dos casos (cerca de 60%), o eritema multiforme é causado pela aplicação oral, intravenosa ou tópica de diversos medicamentos. Geralmente o quadro clínico se inicia dentro de três semanas do início da terapia medicamentosa. As sulfas são os agentes mais freqüentes, apesar de que qualquer medicamento tem o potencial de causar o eritema multiforme, como p. ex., a fenitoína, barbituratos, fenilbutazona, penicilina e salicilatos, bem como a aplicação tópica de colírios oftalmológicos como a tropicamida. O eritema multiforme pode também seguir-se a certas infecções, como as causadas pelo herpes simples, Mycoplasma penumoniae e vírus do sarampo e da varicela. As infecções pelo herpes simples são a causa mais comum de eritema multiforme recorrente.
Segundo um estudo retrospectivo realizado nos Estados Unidos, todos os pacientes com síndrome de Stevens-Johnson ou epidermólise tóxica tinham envolvimento ocular agudo, variando desde conjuntivite leve até úlceras de córnea severas, podendo cursar com perfuração ocular e endoftalmite. Complicações crônicas incluindo cicatrização conjuntival, simbléfaro, entrópio e olho seco, podem levar a dano corneano posterior, sendo a principal complicação significante à longo prazo dos pacientes com síndrome de Stevens-Johnson e epidermólise tóxica. Em outro estudo foi relatado que até 35% dos pacientes tiveram alterações visuais permanentes em conseqüência de complicações da síndrome de Stevens-Johnson e epidermólise tóxica.
6.3. Penfigóide cicatricial ocular
O penfigóide cicatricial é definido como uma doença crônica, cicatrizante e autoimune de membranas mucosas e da pele (. Ocorre mais freqüentemente no sexo feminino (2-3:1), em torno dos 65 anos de idade e sem predieção por raça. É uma doença de baixa incidência, variando de 1 em cada 12.000 a 1 em cada 60,000 pacientes oftalmológicos. O penfigóide cicatricial ocular é claramente uma doença autoimune com uma prediposição genética.
6.4. Sarcoidose
6.5 Parkinson

Deve ser pq choro tudo de uma vez... *rs

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