"Nunca é demais insistir na importância de se orar pelos mortos.
Essa oração é um gesto de fé, um gesto de amor e um gesto de esperança. Fé na vida que começa com a morte, fé na comunhão dos santos, na ressurreição da carne e na vida eterna. Sem essa fé, a oração pelos mortos não teria sentido, não é mesmo? Se para nós morreu, morreu. Se para nós morreu, acabou tudo. Se para nós nada podemos fazer pelos que morreram, por que orar por eles? Mas não é mesmo?
E por que missa de terceiro dia, como era comum no passado, e missa de sétimo dia, mês e ano como acontecem hoje? Os estudiosos entendem que determinados tempos se tornam mais propícios para se orar e se alcançar o favor de Deus. Então, há quem afirme que o terceiro dia após a morte lembra que Jesus ressuscitou ao terceiro dia. O sétimo dia estaria ligado ao fato de Deus ter feito o mundo em seis dias e no sétimo ter descansado.
E a missa no trigésimo dia seria uma referência ao mês de luto que Israel guardou pela morte de Moisés. Já a missa de um ano de falecimento seria uma forma de testemunharmos que, assim como o aniversário natalício é comemorado de ano em ano, o dia da morte também pode ser comemorado porque significa o dia em que a pessoa morreu para este mundo e entrou na plenitude da vida junto de Deus.
É bom lembrar, que não importa o dia certo para testemunharmos nosso amor pelos nossos entes queridos que passaram para a vida eterna. O amor não marca dia. É o coração que deve ditar os momentos de orarmos por eles. É por isso que em muitas paróquias se celebra a missa da esperança uma vez por semana, reunindo todas as famílias que na semana anterior experimentaram a dor de ver partir um membro querido para a casa do Pai. "
Fonte: (Padre Cido Pereira – Semanário O São Paulo – no. 2667)
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