Só para relaxar......

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27 de maio de 2011

Uma dúvida muito interessante......O couvert e a rolha

O couvert pode ser muitas coisas. Aqui, uma cestinha de pães variados, manteiga, patê, tomates secos; ali, apenas a tigelinha com azeite de oliva e torradas; acolá, na versão exagerada da churrascaria, mil e uma porções já bem rodadas na aparência, que forram a mesa, e, intactas, caem fora mal chega o primeiro prato. Ninguém o pediu e, não raro, azeda o ambiente ao chegar a conta. Multiplicado pelo número de pessoas à mesa, o valor pesa na soma. Mas, pasme: nada disso é couvert. Rogério Fasano, proprietário de aclamados restaurantes em São Paulo e Rio de Janeiro, como o Gero, o Parigi e o Fasano Al Mare, põe a questão em pratos limpos. Couvert, ele recorda, é a antiga taxa cobrada pelos restaurantes para a reposição dos utensílios à disposição dos clientes, os pratos, copos, garfos, facas e tudo o mais.
A origem da palavra vem dos tempos medievais, quando, por razões de higiene, nas estalagens e casas da nobreza um pano de linho branco recobria a comida servida. Chamava-se couvert na França, coperto na Itália. Cobertura. A palavra, depois, passou a designar o arranjo de utensílios sobre a mesa, e ganhou ainda um outro significado no século XVII. Nessa época, quando surgiram as primeiras casas de restauração, talheres e copos eram itens valiosos, cobiçados, e, por isso, com frequência surrupiados pelos freqüentadores. Para compensar as perdas, os estabelecimentos instituíram a taxa logo conhecida como couvert, cobrada de todos os clientes.
No Brasil, hoje, o couvert está mais para antepasto, os tais belisquetes não escolhidos, não solicitados e invariavelmente faturados. O cliente sempre pode recusá-los, mas a maioria se sente constrangida e não o faz. Por isso, Rogério Fasano propõe o resgate da acepção original, sem subterfúgios, como taxa destinada "a manter a categoria de copos, pratos, guardanapos ou talheres, coisas que se perdem muito rapidamente no ambiente de um restaurante". Mas - pergunta-se - isso já não entra no preço da comida? "Não", ele responde. "O preço da comida é o custo da comida, o couvert é diferente". Nos restaurante da família, nada de acepipes, mas cobra-se couvert. Custa 27 reais.
Um mérito a proposta tem: confere transparência. O cliente não mais se obriga a aceitar comidinhas indesejadas, nem a tourear garçons de cara amarrada no caso da recusa. O couvert ganha a condição de uma taxa compatível com a qualidade dos utensílios oferecidos, fixada à parte, como já acontece também com a de serviço. E levanta uma outra discussão. Os restaurantes costumam cobrar do cliente que leva seu vinho a chamada "rolha", um valor para cobrir o suposto desgaste de copos e decanteres, além do serviço. Ora, com a reposição dos materiais e o serviço já em rubrica própria, não seria, obrigatoriamente, o caso de repensar o preço da rolha? Fica a sugestão a Rogério Fasano, em cujo restaurante principal, o Fasano, espeta-se 90 reais na conta do cliente que leva seu vinho.
Enodicas
+ Os tintos e brancos argentinos estão momentaneamente bloqueados nas alfândegas européias. Começou pela Alemanha, onde se constatou a presença do fungicida natamicina em remessas de vinhos do país vizinho. A substância, imprópria para o consumo, seria usada, segunda as vinícolas, apenas para a limpeza das adegas, mas o laboratório Dubernet, um dos responsáveis pelas análises, contradiz a afirmação. "A natamicina é muito cara para servir como produto de limpeza, porém se trata de estabilizante muito eficaz, que elimina uma levedura indesejada, a Brettanomyces", assegura Marc Dubernet, diretor do laboratório. O pesticida foi inicialmente encontrado nos vinhos Fuzion e Santa Júlia. Depois, em diversas outras marcas: Santa Andréa, Terra Nova, Vila Atuel, Légende de Pólo e Maranon. Metade das amostras analisadas evidenciava contaminação. Na Alemanha, 120 mil garrafas de vinhos da Argentina foram retiradas do mercado. A enóloga Suzana Balbo, presidente da Wines Argentina, apelou aos produtores pela imediata suspensão do uso da natamicina, embora Guillermo Garcia, do Instituto Nacional da Vitivinicultra Argentina, considere que os resíduos encontrados "não representam nenhum perigo à saúde".

http://www.parana-online.com.br/colunistas/116/74807/?postagem=O+COUVERT+E+A+ROLHA

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog
    estamos te seguindo, começamos com o nosso a pouco tempo e gostariamos muito que vc nos seguisse, pois seria otimo ter uma pessoa bastante experiente no nosso blog
    agradecemos desde ja bjo
    http://fashiondesignerlbir.blogspot.com/

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