Só para relaxar......

Só para relaxar......

16 de abril de 2011

Calma!!! Tudo se resolve.......

Alguns dos problemas mais comuns entre os recém-nascidos são passageiros e nada têm a ver com doenças mais sérias. E levá-los muito rapidamente ao pronto-socorro pode ser ainda pior, afinal, um local onde pessoas adoentadas circulam, pode expô-los a mais perigos. Mesmo assim, fique de olho e, dependendo da evolução do caso, consulte um pediatra antes de qualquer coisa.
Bebês recém-nascidos precisam de atenção constante. A falta de um sistema imunológico consolidado pode deixá-los à mercê de diversas condições clínicas. Mas não é preciso se desesperar. Antes de levá-los ao hospital, tenha em mãos o telefone do seu pediatra e consulte o que fazer. Algumas vezes o problema pode ser apenas uma condição rotineira nessa idade.
“Uma condição que muitas vezes faz que os pais de bebês recém-nascidos – especialmente os de primeira viagem – corram para o pronto-socorro (PS) é a cólica”, explica Maria Amparo Descalzo, médica pediatra do Hospital Santa Catarina, em São Paulo

Algumas coisas que os pais precisam saber sobre condições comuns em recém-nascidos

Cólicas
As cólicas são causadas pela fermentação do leite ingerido pelo bebê. A imaturidade do intestino amplia a formação de gases no tubo digestivo e, de acordo com o que a mãe ingere, podem ser de maior ou menor intensidade, já que tudo o que ela come passa para o leite materno. As cólicas são algo normal em crianças até os 3 meses de idade. É preciso certa paciência e preparo dos pais para essa condição, avisa a médica. Caso as dores perdurem por muito tempo, é interessante confirmar a possibilidade de ser algo mais.
“Mas antes de levá-lo a um ambiente hospitalar é melhor telefonar para o médico pediatra que acompanha a família, e que deve ser escolhido ainda durante a gestação, para evitar justamente ficar alarmado sem necessidade nessas horas. O contato por telefone evita que a criança transite por ambientes que podem comprometer mais ainda a saúde do bebê. De preferência, é melhor ir ao consultório antes de tomar a decisão de ir ao PS”, pontua Maria Amparo

Icterícia
A icterícia – caracterizada pelas manchas amareladas que aparecem na pele – também pode ser recorrente nos bebês. Até certo ponto a condição tem a ver com a fisiologia do recém-nascido. “Quando há agravo desse caso – seja pela prematuridade do bebê, seja por incompatibilidade sanguínea com a mãe – normalmente isso acaba se dando nos primeiros dias de vida, quando o bebê ainda está na maternidade, e o acompanhamento é feito para determinar a causa e, consequentemente, o tratamento”, tranquiliza Maria Amparo

Regurgitação
Outra condição ligada ao trato gastrointestinal e que também é fruto da imaturidade do organismo é a regurgitação – ou o refluxo, do estômago para o esôfago – que pode deixar os pais alarmados.
“Também é normal, não é preciso temer. Mas é bom ficar atento a pequenos sinais que podem indicar uma condição mais séria. Observar se a criança não ganha peso, por exemplo. Caso isso aconteça, o problema pode se desdobrar em algo mais sério”, explica Maria Amparo.
Outro sinal associado que pode indicar algo mais complexo é a cor da boca do bebê: caso haja um tom arroxeado nos lábios, isso pode ser sinal de cianose, ou seja, de uma má oxigenação do sangue e que pode ser causada pela aspiração do leite, que acaba ficando retido no pulmão. “Se quando a criança respira há o som de chiado, isso pode ser indicativo de que ela aspirou o leite”, observa a pediatra do Hospital Santa Catarina.

Febres
A única condição que pode servir para acender o sinal amarelo a qualquer hora, falando especificamente de recém-nascidos, é a febre. “Esse é um sinal que deve ser valorizado, especialmente em crianças com idade até 3 meses”, diz a especialista. “Lembrando que o estado febril se inicia após os 35, 8º C”.
Nesses casos, a pediatra explica que os pais devem ficar atentos aos sintomas associados. Como está a criança, quanto tempo a febre demorou a se instalar e, depois, qual a velocidade que começou a baixar, são alguns pontos importantes que indicam a gravidade da situação. Caso o pediatra não observe nada alarmante, um antitérmico ajuda a aliviar a situação.
“Mas os pais têm muitos temores a respeito da chamada ‘convulsão febril’. É bom lembrar que nem toda febre alta vai necessariamente desencadear um estado convulsivo. Em primeiro lugar é bom saber se há casos semelhantes na família – muitas vezes é uma condição congênita”, diz Maria Amparo.
Outra coisa importante a salientar é que não necessariamente a temperatura da febre desencadeia esse processo, mas a velocidade com a qual ela se instaurou. Algumas crianças atingem os 41º C vagarosamente, enquanto outras chegam aos 39º C rapidamente. No segundo caso, as chances da convulsão febril acabam sendo maiores. Pais de crianças com epilepsia também devem ficar alertas: nesse caso específico, controlar a temperatura é importantíssimo.
A principal dica, em qualquer um desses casos, é sempre tirar as dúvidas com o pediatra da família. Os pais não devem ficar alarmados, mas também não devem se abster de consultar o médico quando qualquer uma dessas situações aparecer.

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