O filtro solar (também conhecido como protetor solar) é uma loção, spray ou produto típico que ajuda a proteger a pele da radiação ultravioleta do sol, o que reduz as queimaduras solares e outros danos à pele, intimamente ligado a um menor risco de câncer de pele. Entretanto, a loção de bronzeamento é um termo incorreto para o filtro solar, já que sua função é completamente diferente. A loção de bronzeamento é usada para atrair raios ultravioleta visando atingir um melhor bronzeado. Esta é comumente projetada para o uso em piscinas e se projetada ao ar livre pode ou não ter protecção FPS.
Os melhores filtros solares protegem tanto para UVB (radiação ultravioleta com comprimento de onda entre 290 e 320 nanometros), que pode causar queimaduras solares, e UVA (entre 320 e 400 nanometros), que causa efeitos danosos à pele a longo prazo, como envelhecimento prematuro da pele. Muitos protetores solares contém tanto compostos orgânicos química orgânica que absorve a luz ultravioleta (como o oxibenzeno) ou um material opaco que reflete a luz (como o dióxido de titânio, o óxido de zinco), ou uma combinação de ambos. Tipicamente, materiais absortivos são referidos como bloqueadores químicos, já os materiais opacos como bloqueadores minerais ou físicos.
A dosagem de aplicação do filtro solar pode ser calculada usando a fórmula para a área de superfície do corpo e subsequentemente subtraindo a área coberta por roupa que dá proteção efetiva contra a radiação UV. A dose usada pela FDA nos testes de filtro solar é de 2 mg/cm². De uma amostragem calculada em uma monografia da FDA, se assumirmos um adulto mediano com altura de 1,63 m e peso de 68 kg com 82 cm de cintura, ele necessitaria de exatamente 29 g para cobrir sua área corporal não coberta (considerando que ele esteja vestindo uma sunga).
Ao contrário do aviso comum de que o filtro solar deve ser reaplicado a cada 2-3 horas, uma pesquisa mostrou que a melhor proteção é alcançada com a aplicação 15-30 minutos antes da exposição, seguida por uma reaplicação 15-30 minutos depois que a exposição ao sol começar. Mais reaplicações só são necessárias depois de atividades como natação, ou que a pessoa sue.[1]
Entretanto, estudos mais recentes da Universidade da Califórnia indicam que o filtro solar deve ser reaplicado em duas horas para que mantenha sua efetividade. A não-reaplicação poderia causar até mais dano às células do que o não uso do filtro solar, devido à liberação de radicais livres extras emitidos por substâncias químicas presentes no filtro.
Uma redução significante à exposição solar inibe a produção de Vitamina D. Entretanto, a exposição ao sol excessiva tem sido conclusivamente relacionada a algumas formas de câncer de pele e sinais de envelhecimento precoce. A estação, latitude, hora do dia, cobertura de nuvens, tipo de pele e filtro solar, todos têm efeito na produção da vitamina D na pele, mas quinze minutos por dia de exposição direta ao sol geralmente é aceito entre os médicos para se atingir um ótimo resultado na produção de vitamina D. Os especialistas geralmente recomendam uma caminhada de 15 minutos pela manhã ou final de tarde sem a utilização de filtro solar, para atingir essa necessidade.
Os gregos antigos usavam óleo de oliva como um tipo de filtro solar. Entretanto, o óleo não era muito efetivo. Ao longo do início do século XX, H.A. Milton Blake, um químico australiano, assim como muitos outros inventores, tentaram criar um filtro solar efetivo, mas não conseguiram.
Foi assim até 1944, quando o primeiro protetor solar foi inventado. Naquela época, a Segunda Guerra Mundial movimentava os campos de batalha e muitos soldados sofriam de sérias queimaduras solares. Um farmacêutico chamado Benjamin Greene decidiu criar algo que pudesse proteger os soldados dos maléficos raios solares. No forno de sua esposa, ele criou uma substância vermelha e viscosa, a qual chamou de "red vet pet" (red veterinary petrolatum - petrolato veterinário vermelho), que funcionava principalmente através do bloqueio físico dos raios solares por meio de um espesso produto originado do petróleo, similar à Vaselina. Greene então testou-o em sua própria cabeça careca. Não funcionou tão bem como os modernos protetores, mas foi um começo.
O filtro solar passou por um longo caminho desde sua criação. Os produtos modernos apresentam muito maior proteção e também podem ser resistentes contra água e suor. Entretanto, também há efeitos negativos. Alguns acreditam muito nesses produtos, mas não entendem as limitações dos fatores de proteção contra o sol (FPS); pensam que comprando qualquer coisa acima de FPS 30, estarão automaticamente prevenidos contra queimaduras não importando o tempo de exposição ao sol. Excesso de banho de sol é um dos principais fatores que causam câncer de pele no mundo.
Um filtro solar efetivo foi desenvolvido em 1938 pelo estudante de química suíço Franz Greiter, depois de se queimar severamente durante a escalada do pico Piz Buin na fronteira entre Suíça e Áustria. Ele chamou seu produto de 'Creme Gletscher' ou, em inglês, 'Creme Glacier', que foi desenvolvido em um pequeno laboratório na casa de seus pais. Exemplos que ainda existem do 'Creme Glacier' mostraram ter um FPS de 2 e, portanto, podem ser classificados como sendo filtros protetores efetivos.
No Brasil, o primeiro filtro solar foi introduzido em 1984 pela Johnson & Johnson, sob a marca Sundown, em três versões: FPS 4, 8 e 15
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