Polícia do Rio indicia pai da menina Joanna sob suspeita de tortura .A DCAV (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima) do Rio indiciou nesta sexta-feira o serventuário da Justiça André Marins, pai da menina Joanna, sob suspeita do tortura. A criança, de cinco anos, morreu no dia 13 de agosto, depois de ficar 26 dias internada em coma.
Na avaliação do delegado Luiz Henrique Marques Pereira, não é possível dizer se a tortura a qual a menina foi submetida foi responsável por sua morte. Por isso, o pai não foi indiciado por homicídio.
De acordo com laudo do IML (Instituto Médico Legal), Joanna morreu em consequência de uma meningite viral desenvolvida a partir de herpes.
Outra hipótese era indiciar Marins por maus-tratos, mas esse crime foi descartado porque, para o delegado, a intenção do pai não era corrigir e educar a filha, mas simplesmente agredi-la. "O conjunto de provas me levou a essa conclusão. Foram os depoimentos, principalmente o da babá da menina, e os laudos que me levaram a decidir indiciar o pai por tortura", afirmou o delegado.
O inquérito foi remetido na manhã desta sexta-feira para o Ministério Público, que decidirá se oferece ou não denúncia contra Marins. "O promotor poderá decidir denunciá-lo por outro crime, como o próprio homicídio, caso conclua que houve ligação entre as agressões e a morte", disse o delegado, que não quis confirmar se pediu ou não a prisão do pai de Joanna.
DISPUTA
O caso de Joanna começou a ser investigado pela polícia depois que a mãe da menina, a médica Cristiane Ferraz, suspeitou que ela tivesse sido vítima de maus-tratos. A criança estava provisoriamente com o pai por 90 dias --a Justiça determinou o afastamento da mãe por entender que a menina sofria de síndrome de alienação parental.
Ela acusava o pai, ele negava, e os dois brigavam pela guarda definitiva da filha. Após a morte, as acusações continuam.
Na semana passada, Marins disse que Joanna lhe foi entregue já com uma "vermelhidão" nas nádegas, que teria se agravado porque a menina teve problemas intestinais em decorrência da abstinência de um remédio de uso controlado, o Neuleptil, e precisou usar fraldas, que lhe deram alergia. Ele acusou Cristiane de não ter informado que a criança fazia uso desse remédio.
Já Ferraz rebateu dizendo que Joanna desenvolveu a meningite herpética por causa das condições sub-humanas e degradantes a que foi submetida pelo pai.
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Na avaliação do delegado Luiz Henrique Marques Pereira, não é possível dizer se a tortura a qual a menina foi submetida foi responsável por sua morte. Por isso, o pai não foi indiciado por homicídio.
De acordo com laudo do IML (Instituto Médico Legal), Joanna morreu em consequência de uma meningite viral desenvolvida a partir de herpes.
Outra hipótese era indiciar Marins por maus-tratos, mas esse crime foi descartado porque, para o delegado, a intenção do pai não era corrigir e educar a filha, mas simplesmente agredi-la. "O conjunto de provas me levou a essa conclusão. Foram os depoimentos, principalmente o da babá da menina, e os laudos que me levaram a decidir indiciar o pai por tortura", afirmou o delegado.
O inquérito foi remetido na manhã desta sexta-feira para o Ministério Público, que decidirá se oferece ou não denúncia contra Marins. "O promotor poderá decidir denunciá-lo por outro crime, como o próprio homicídio, caso conclua que houve ligação entre as agressões e a morte", disse o delegado, que não quis confirmar se pediu ou não a prisão do pai de Joanna.
DISPUTA
O caso de Joanna começou a ser investigado pela polícia depois que a mãe da menina, a médica Cristiane Ferraz, suspeitou que ela tivesse sido vítima de maus-tratos. A criança estava provisoriamente com o pai por 90 dias --a Justiça determinou o afastamento da mãe por entender que a menina sofria de síndrome de alienação parental.
Ela acusava o pai, ele negava, e os dois brigavam pela guarda definitiva da filha. Após a morte, as acusações continuam.
Na semana passada, Marins disse que Joanna lhe foi entregue já com uma "vermelhidão" nas nádegas, que teria se agravado porque a menina teve problemas intestinais em decorrência da abstinência de um remédio de uso controlado, o Neuleptil, e precisou usar fraldas, que lhe deram alergia. Ele acusou Cristiane de não ter informado que a criança fazia uso desse remédio.
Já Ferraz rebateu dizendo que Joanna desenvolveu a meningite herpética por causa das condições sub-humanas e degradantes a que foi submetida pelo pai.
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