
A arte do shodo necessita apenas de um pincel apropriado (feito com cerdas de crina de cavalo ou pêlos de carneiro, coelho e rena), tinta e papel artesanal (washi), feito com palha de arroz ou fibra de bambu ou de banana. O washi possui textura apropriada para produzir borrões, que resultam em efeitos bastante apreciados. O shodo não é um exercício de “boa caligrafia”, mas a combinação da habilidade, estilo e imaginação do calígrafo e que exige anos de estudo e prática.
A qualidade da obra é avaliada, entre outras, pelo equilíbrio natural dos caracteres, sua composição como um todo, a variação entre os traços grosso e fino, a quantidade de tinta no papel e o ritmo com que foi escrito.
O shodo chegou ao Japão através do budismo, pois as escrituras compiladas pelos monges eram em caracteres chineses. Hoje, a arte é praticada por milhões de pessoas em todo o mundo. As escolas japonesas mantêm o shodo no currículo escolar, e os concursos promovidos anualmente incentivam ainda mais a prática da escrita.
Existem seis estilos diferentes na caligrafia japonesa: kaisho, no qual os kanjis têm formas quadradas e traços mais estáticos; gyosho e sosho, com formas cursivas e traços mais seqüenciais; tensho e reisho, que são as formas mais primitivas de escrita, usados no hanko (espécie de carimbo-assinatura batido em tinta vermelha) e encomendados aos artistas de shodo.
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