Sangue no sangue

Leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea. A infiltração da medula óssea resulta na diminuição da produção e funcionamento de células sanguíneas normais. Dependendo do tipo, a doença pode se espalhar para os nódulos linfáticos, baço, fígado, sistema nervoso central e outros órgãos e tecidos, causando inchaço na área afetada.
Danos à medula óssea resultam na falta de plaquetas no sangue, as quais são importantes para o processo de coagulação. Isso significa que pessoas com leucemia podem sangrar excessivamente. As células brancas do sangue, que estão envolvidas no combate a agentes patogênicos, podem ficar suprimidas ou sem função, colocando o paciente sob risco de infecções.

Drica Moraes

Em comunicado divulgado  o Hospital Albert Einstein informa que o quadro de saúde de Drica Moraes "é estável, e não há sinais de infecções ou outras complicações".

A atriz passou por um transplante de medula em São Paulo no dia 23 de junho.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a recuperação da atriz foi confirmada por exames laboratoriais realizados na última terça-feira.

Ela estava internada desde o dia 14 de junho. O transplante foi comandado pelo hematologista Nelson Hamerschlak.
Drica, que mora no Rio, está com leucemia e se internou algumas vezes em hospitais da cidade para sessões de quimioterapia.
O transplante foi realizado na unidade do Morumbi com doador não aparentado a partir de busca realizada no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Cura da atriz
Apesar de estar bem de saúde e com boletins otimistas quanto a seu estado pós-transplante, é impossível afirmar que a atriz esteja curada. Segundo o dr. Garles Miller, oncologista do hospital A. C. Camargo, esse diagnóstico leva um tempo para ser dado.

"Qualquer doença oncológica só pode ser definida como curada após cinco anos passados do tratamento e sem nenhuma nova manifestação da doença. Infelizmente, no caso da atriz, existe a possibilidade de um retorno da leucemia. Porém, quanto mais tempo passa desde o transplante sem que a doença se manifeste, menores são as chances de uma volta do problema", explica.

Miller diz ainda que, mesmo sem estar envolvido no tratamento da atriz, percebe que ela não ter desenvolvido infecções é um fator positivo. "O tratamento pelo qual ela passou é tido como de alto risco e agressivo para o paciente. Se ela está bem, é um bom sinal."

Para o oncologista, a maior chance de cura de leucemia é através do transplante de medula bem-sucedido e com uma equipe que assista o paciente com frequência após o procedimento.

Estamos rezando pela sua recuperação........