Só para relaxar......

Só para relaxar......

19 de fevereiro de 2011

Horarío de verão/2011

À 0h, os relógios devem ser atrasados em uma hora

O horário de verão, que começou em 17 de outubro, termina à 0h deste domingo (20), após 127 dias em vigor. Os brasileiros que vivem nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste terão de atrasar o relógio em uma hora, seguindo a determinação do decreto presidencial número 6.558/2008.

De acordo com o governo federal, nas três regiões do país em que o horário de verão é aplicado, a demanda por energia elétrica diminui em cerca de 5%, já que a população consegue um aproveitamento extra da luz natural.

O horário de verão não é aplicado nas regiões Norte e Nordeste em virtude do ganho considerado pequeno, segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão entre 1931 e 1932 pelo então presidente Getúlio Vargas e durou quase metade do ano. Atualmente, vários países fazem mudança no horário convencional para aproveitar melhor a luminosidade do verão.

Desde 2008, foram estabelecidas datas fixas para o início e término do horário de verão no país: a mudança ocorre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro. Se a data coincidir com o domingo de Carnaval, o final do horário de verão é transferido para o domingo seguinte.
A adoção do horário de verão brasileiro costuma levantar as mesmas questões todos os anos. A economia de energia realmente justifica os transtornos causados à população? Afinal, por que são adotados? E quem foi o autor dessa idéia?
Histórico

ESTABELECIDOS NO BRASIL POR DECRETO DESDE 1931, ainda que de forma descontínua, suas origens na verdade remontam à Inglaterra do ano de 1907.
Foi lá que um construtor londrino, membro da Sociedade Astronômica Real, chamado William Willett (1865-1915) deu início a uma campanha para diminuir o consumo de luz artificial ao mesmo tempo que estimulava o lazer dos britânicos.
E o Brasil?
NOS PAÍSES EQUATORIAIS (cortados pela linha do equador) e nos tropicais (situados entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio), a incidência da luz solar é mais uniforme durante todo o ano e dessa forma não há muitas vantagens na adoção do horário de verão. Nesses casos a economia de energia, embora existente, não é tão significativa se comparada aos transtornos causados ao relógio biológico da população.

No caso do Brasil, o único país equatorial do mundo que adota o horário de verão, verifica-se economia de energia no Rio Grande do Sul, cerca de 5% de redução da demanda integrada durante o consumo de pico (e por estar este Estado inteiramente abaixo do Trópico de Capricórnio), assim como nos demais Estados da região Sul e Sudeste (pelo significativo consumo frente à média nacional).
Porém, nos Estados da região Nordeste e, principalmente, da região Norte, a variação de luz solar anual é insignificante. Isso sem mencionar o fato de que, como as estações são opostas em cada hemisfério da Terra, nos quase 10% de terras brasileiras acima do equador em vez de verão temos inverno!
Dia de 25 horas
SEMPRE QUE COMEÇA UM HORÁRIO DE VERÃO, isto é, quando se subtrai uma hora do dia, adiantanto os relógios em uma hora, causamos um desconforto físico (por afetar o relógio biológico) e psícológico (por causar a sensação de perda de tempo).
Quando ele termina, ao contrário, temos essa hora que nos foi tomada de volta e a ilusão de um dia com 25 horas. É uma ilusão porque na verdade estamos apenas nos reajustando à natureza.
Com o fim do horário de verão os fenômenos celestes voltam a coincidir com o dia solar, que se não serve ao propósito de economizar energia elétrica, pelo menos é aquele com o qual estamos acostumados há milhares de anos.
Economia
De acordo com a Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais, na edição anterior do horário de verão, na área de concessão da empresa em Montes Claros, observou-se uma redução de 3,8% na demanda máxima, correspondendo a 230 MW, ou megawatts, o que equivale a quase o dobro da potência instalada da Térmica de Igarapé (131 MW), localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ou à capacidade de quatro geradores da Usina Hidrelétrica de Três Marias (MG), ambas da Cemig.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário