Só para relaxar......

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17 de fevereiro de 2011

O Começo do sucesso - O Cerimonialista

Cerimonialista, é o profissional responsável pela apresentação de evento: cerimônias oficiais ou de público-privado.
O projeto de criação da profissão está tramitando no Congresso Nacional, aguardando alguns pareceres para a sua aprovação final. Compete ao cerimonialista, organização todo o roteiro da cerimônia oficial ou não, onde estabelece todos os passos, cronometricamente calculados, com diversos tipos de eventos.
O cerimonialista não é o responsável pelo evento, ao Organizador de Eventos (Bacharel em Relações Públicas ou Turismo com ênfase no setor) cabe a responsabilidade de cuidar da contratação do cerimonialista, de todo o deslocamento, chegada, movimentação e atos da autoridade ou empresário durante a realização da cerimônia.
Tem amplo conhecimento em formação de mesa, ordem de precedência, colocação de bandeiras, regras de cerimonial e protocolo, além de aplicar a etiqueta de cada cultura nas cerimônias.
cerimonial e o protocolo, atividades de Relações Públicas, são desconhecidas de grande parte dos profissionais. Isso é inconcebível, pois neste campo não pode haver improvisações, levando-se em conta de que se trata de assunto regulamentado por lei, decreto, normas e regras. Pode-se improvisar em alguma atividade regulamentada por lei? Mesmo assim, é o que acontece.
Partindo-se da definição de Relações Públicas:
Relações Públicas são um conjunto de técnicas que se deverá empregar para criar o conceito e firmar a imagem de uma empresa, visando conseguir a comunicação, boa vontade e a cooperação das populações ou públicos com que uma entidade trata e das quais dependa, conclui-se que o relacionamento entre os países, entre empresas e seus públicos, depende da correta implantação das técnicas de relações públicas, entre elas do cerimonial e do protocolo. O seu desconhecimento restringe  os resultados da política de Relações Públicas.
Esse desconhecimento é palpável e sentido tanto no segmento dos profissionais da área, como no dos executivos. Observemos, procurando verificar quem responde a essas questões:
- Bate-se palmas quando o Hino Nacional acaba de ser executado?
- Qual o pronome de tratamento para o retiro da Universidade?
- Quem se senta  primeiro à mesa de honra de um evento?
- Um representante recebe a mesma precedência do titular?
- Podemos homenagear um homem com flores?
- O que é o titulo Doutor Honoris Causa - quais as exigências necessárias para recebê-lo?
- Quando e como utilizar a Bandeira Nacional, do Estado e do Município?

  
- podem ficar atrás da mesa de honra?
  
- qual a ordem de precedência dessas bandeiras;
  
- como proceder com a Bandeira do País visitante? e com a da Empresa?
- Vamos recepcionar uma comitiva estrangeira... mas ele é polígamo e vem com quatro

  
esposas: quem dorme com quem? o que fazer?
- Qual o idioma oficial quando se recebe alguém da Romênia? E de Angola?
- Quando usar tradução consecutiva e quando utilizar a simultânea? Qual a diferença?
Esse conjunto de regras pode levar à loucura qualquer executivo ou autoridade que precise conviver com as normas do cerimonial, as leis do protocolo e as regras de etiqueta pela própria função que ocupa e o mesmo acontece com os profissionais de comunicação.
Mas, o que é cerimonial? O que é protocolo? quando surgiram e como utilizá-los adequadamente? 
HISTÓRICO
No mundo governamental, oficial e nas relações internacionais há necessidade, além da observância das regras de etiqueta e boas maneiras, da fixação de normas sobre o uso dos símbolos da pátria, o tratamento para com as pessoas e os lugares que elas ocuparão de acordo com a posição de seus cargos ou funções, entre outras.
Segundo Célia Ribeiro em “Boas Maneiras e Sucesso nos Negócios”, “a observância do protocolo é o cerne de um cerimonial”.
O pesquisador francês Pierre Lascoumes considera que “sem o protocolo, todas as recepções oficiais e ocasiões de encontro entre personalidades políticas, culturais, econômicas - que são ou que acreditam ser - seriam ocasiões de disputas incessantes”.
Concordamos com os autores e acreditamos que para compreender bem cerimonial, protocolo e etiqueta, é necessário, antes, conceituá-los.
Toda solenidade segue uma programação constituída por um conjunto de formalidades. O cerimonial é essa seqüência de acontecimentos que resultam em um evento. O termo é pomposo e data das reuniões palacianas, mais precisamente da época de Louis XIV, na França, onde também surgiu a etiqueta e o protocolo nas Cortes.
A etiqueta é o conjunto de regras de boas maneiras que resultam no comportamento das pessoas.
O protocolo, por sua vez, surgiu para regulamentar o evento, no caso, o cerimonial, estabelecendo posições e tratamentos a cada personalidade. Assim, o protocolo “normatiza as regras que regem o cerimonial e seu objetivo é dar a cada um dos participantes de um evento as prerrogativas, privilégios e imunidades a que têm direito”.
Para o setor público, a utilização dessas atividades de ralações públicas é imprescindível para a otimização dos resultados de todos os eventos, ações e acontecimentos que necessitem da definição da posição e do local de suas autoridades e demais integrantes.
Objetivando sua correta aplicação é necessário que o profissional conheça as leis, decretos, normas e regras que regularizam o cerimonial e o protocolo.
Regras essas que serão utilizadas em todas as ocasiões que o encontro entre duas ou mais pessoas, empresas ou países objetivem a conclusão de negócios, que podem ser beneficiados, com o bom relacionamento entre as partes.
QUANDO UTILIZAR
Uma pergunta comum é quando se usa um ou outro? Sempre. Cerimonial, protocolo e etiqueta estão enraizados no evento oficial ou empresarial, dando-lhe corpo, mente e essência.
Amy Vanderbilt em “O livro de Etiqueta” indaga: “Quem necessita de um livro de etiqueta?” e responde “Todo mundo necessita. A mais simples família, desejando mover-se um pouquinho que seja num mundo mais amplo precisa conhecer, no mínimo, as regras elementares. Até mesmo nas sociedades primitivas existem tais regras, algumas tao complexas e inexplicáveis quanto muitas das nossas”. 
Tavares de Miranda em “Convívio Social” afirma: “Se você não vive isolado numa ilha deserta, longe de todos os seus semelhantes, até mesmo sem nenhum ‘Sexta-Feira’ providencial, se você tem algum convívio com seus semelhantes, se encontra gente... ofereço-lhe, leitor, duas armas infalíveis para viver melhor: Por favor - Muito obrigado”.
Da mesma forma que a etiqueta, o cerimonial e o protocolo facilitam a convivência entre os povos, entre as empresas e as pessoas, transformando ocasiões de encontros, não em disputas pelo poder, mas em acontecimentos agradáveis, nos quais as posições das autoridades são aceitos como prerrogativas

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