Só para relaxar......

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21 de fevereiro de 2011

Remédios Vencidos

O PERIGO DOS REMÉDIOS JOGADOS FORA
Um ato comum que pode trazer problemas
Uma ameaça silenciosa está escondida em um ato bastante comum de nossas vidas: jogar remédios fora. Seja atirando-os no lixo ou despejando-os no vaso sanitário, a verdade é que descartar medicamentos é muito mais comum do que se pensa. Basta abrir o armário do banheiro e constatar quantas caixas e tabletes de comprimidos estão pela metade, provavelmente aguardando a data do vencimento para tomarem seu rumo em direção ao lixo.

A contaminação da água e dos lixões urbanos com medicamentos é um problema crescente com o inchaço das grandes cidades. Segundo estimativas, cerca de 1% dos lixos sólidos são resíduos de serviços hospitalares, enquanto 3% dessa parte seriam medicamentos. Embora os números pareçam pequenos, as ameaças são grandes.
Não há legislação sobre o descarte doméstico de remédio (as leis se limitam aos hospitais e drogarias), de modo que o impacto ambiental é reconhecido por todos, mas continua a acontecer. Além disso, jogar fora remédios vencidos ou sem utilização parece muito mais uma atitude responsável com relação à família do que danosa à saúde pública. Mas a prática é bem diferente...
Antibióticos que acabam em rios, por exemplo, podem interagir com bactérias na água, que ao serem ingeridas pelo homem o tornarão mais resistentes a medicamentos. O lixo jogado em aterros sanitários é frequentemente revirado por catadores, que podem consumir remédios de forma incorreta e colocar em risco a saúde, além de comercializar eventuais caixas encontradas ainda fechadas, ampliando o alcance do problema.
Por que não fracionar?
Uma idéia que poderia combater o descarte excessivo de remédios é a venda fracionada, que representaria, segundo estudos, gastos 20% menores para os compradores. O presidente Lula sancionou o decreto 5775-06 autorizando a venda particionada de remédios. Embora apoiada por especialistas do setor de saúde e instituições de defesa do consumidor, muitos vêem a medida como de difícil implementação. O controle de estoques e a possibilidade do farmacêutico poder abrir uma embalagem e cortar apenas os comprimidos necessários ao paciente, entregando-os sem bula, são dois obstáculos claros.
Além disso, como o decreto apenas controla quem aderir ao fracionamento e não obriga os laboratórios a produzir embalagens fracionáveis, o processo fica nas mãos das farmácias, que também não são obrigadas a dividir os medicamentos.
Como prevenir o problema?
Algumas farmácias aceitam receber medicamentos vencidos ou obsoletos para que possam ser descartados junto ao lixo seletivo do estabelecimento. Cheque na mais próxima de sua casa ou faça o teste e leve alguns remédios antigos quando precisar comprar novos.
Os comprimidos devem ser inutilizados antes de serem jogados fora, evitando que outras pessoas possam fazer uso deles (seja para consumo ou revenda). Alguns podem ser esmagados e as cápsulas devem cortadas, esvaziando o conteúdo.
O ideal é não descartar remédios líquidos em casa, mas caso não haja outra solução, eles devem ser diluídos antes de ir direto para a torneira ou para o vaso sanitário.


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