Toda mulher já ouviu falar nele. Uma amiga, uma vizinha ou mesmo alguém da família, com certeza, já teve um para contar a história - e reclamar bastante dela. No entanto, apesar de popular, ainda é pouco conhecido das mulheres. Ou você sabe o que é um mioma? Para quem não conhece, aqui vai a explicação: miomas são tumores benignos (não cancerosos), que se desenvolvem na parede muscular do útero. Na maioria dos casos, são múltiplos. O tamanho varia: os miomas podem medir de menos de 1mm até mais de 20cm de diâmetro.
Em função da localização, tamanho e quantidade, a mulher pode apresentar os seguintes sintomas (isoladamente ou não): períodos menstruais prolongados e com fluxo aumentado; aumento das cólicas menstruais; dor no baixo ventre; dor na região lombar, flancos e pernas; dor durante a relação sexual; pressão no sistema urinário; prisão de ventre e retenção de gases; e aumento do volume abdominal, que pode ser mal interpretado como ganho progressivo de peso. Mas quem tem, não necessariamente, sente alguma coisa. Uma mulher de 20 anos pode ter um mioma e não apresentar sintomas até os 30, 40 anos. Não há como os médicos preverem se o mioma vai crescer ou causar sintoma.
Como detectar a presença dos miomas?
Dependendo do tamanho e da localização do mioma, o exame ginecológico de rotina pode sugerir a sua presença. "Mas para confirmar a sua existência, o recomendado é fazer um exame de ultra-sonografia, de preferência a transvaginal", explica a ginecologista e obstetra Mariana Maldonado. "Quando as suas dimensões são reduzidas, o exame clínico pode falhar", explica o chefe das enfermarias de maternidade da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, Dr. Jorge Rezende Filho.
A enfermeira Renata Carvalho, 27 anos, percebeu um aumento significativo do meu fluxo menstrual e muitas cólicas. Mas seu exame preventivo estava em dia. "Mesmo assim, eu marquei minha ginecologista que me pediu uma ultra-sonografia para verificar se se tratava de um mioma. Diagnóstico confirmado", conta ela, que há dois meses passa por um tratamento com remédios. "Somente no período menstrual eu sinto incômodo. Agora isso está mais controlado devido aos medicamentos", diz ela.
Como surgem?
Segundo Paulo Barrozo, especialista em obstetrícia e ginecologia do Centro de Tratamento de Miomas, aproximadamente 20% das mulheres entre 20 e 30 anos apresentam miomas, 30% entre 30 e 40 anos, e 40% entre 40 e 50 anos. As mulheres negras apresentam risco maior de desenvolver o quadro: 50% delas podem ter miomas de tamanho significativo. "Apesar de muito estudado, até hoje não se sabe exatamente porque ele aparece nas mulheres. Uma das possibilidades é o crescimento desordenado das células miometriais, formando o tumor. Alguns fatores podem favorecer o aparecimento dos miomas: ser da raça negra, ter história familiar de mioma, nunca ter tido filhos, obesidade, ingestão de carne vermelha em grandes quantidades, história de doença inflamatória pélvica, ligadura de trompas, uso de talco na região perineal uma ou mais vezes por mês, doenças como diabetes e hipertensão e idade entre 35-44 anos", descreve Dra. Mariana. "O uso de hormônios (anticoncepcionais orais, reposição hormonal) pode influenciar o crescimento desses tumores", completa Dr. Rezende.
Os tratamentos
Se o mioma não provocar nenhum tipo de sintoma ou desconforto nunca necessitará tratamento. Nada muda no dia-a-dia. "O que muda são os sintomas que podem advir da presença de miomas: sangramentos menstruais exagerados, cólicas menstruais, compressão da bexiga", afirma Dr. Rezende.
Mas, se o quadro pedir algum tratamento, este pode requerer remédios e, em alguns casos – quando provocar dores, hemorragias ou dificuldades reprodutivas – cirurgia. Os medicamentos usados são os à base de hormônios, que combatem as hemorragias internas, ou os denominados agonistas do GhRh, que promovem reduções temporárias do tamanho dos miomas. "Diagnostiquei os miomas há cinco meses. Antes do tratamento, sentia muita compressão na bexiga e cólicas. Comecei o tratamento há três meses e sinto que melhorou consideravelmente", fala a administradora Virginia Diniz, 30 anos.
Para os casos que necessitam de cirurgia, diferentes intervenções são indicadas Abaixo, um pequeno resumo de cada uma delas:
Miomectomia - miomas são retirados através de corte no abdômen, seguido de cortes no útero ou através de um pequeno orifício de 10 mm, onde é introduzido um instrumento chamado vídeo laparoscópio;
Vídeo histerocopia - retirada de miomas que estão parcialmente ou totalmente dentro da cavidade uterina por um instrumento chamado vídeo histeroscópio;
Histerectomia - retirada total ou subtotal do útero, através de incisão no abdômen ou na vagina ou através da vídeo laparoscopia onde a cirurgia é realizada por pequenos orifícios de 5 a 10 mm no abdome e a retirada do útero é feita pela vagina. Às vezes esta cirurgia é acompanhada da retirada dos ovários e trompas.
Nos últimos anos, foi criado um novo tratamento, que tem como objetivo bloquear o fluxo sangüíneo das pequenas artérias que levam o sangue que "alimenta" os miomas – isto leva a uma parada da hemorragia ginecológica e também a uma redução no tamanho dos miomas. Este tratamento é conhecido por embolização. "É executado por um médico radiologista intervencionista, que utiliza um finíssimo tubo (cateter) que é introduzido e usado para bloquear a artéria que está levando sangue para o local da hemorragia. Após as artérias serem bloqueadas, a hemorragia para progressivamente. Se os miomas são a causa da hemorragia e o seu suprimento de sangue é cortado, eles tendem a diminuir significativamente de tamanho", sentencia Barrozo.
Gravidez e menopausa
Alguns tipos de mioma podem prejudicar a fecundação. No entanto, segundo Dr. Rezende, a evolução de má gestação raramente é afetada pelos miomas. "Só ocorre ocasionalmente", explica. Já de acordo com a Dra. Mariana, uma mulher grávida com mioma tem que ser acompanhada bem de perto, pois existe chance deste mioma crescer muito ou até mesmo se degenerar. "Nestes casos, às vezes a grávida tem que ser operada antes mesmo do bebê nascer", explica ela. Barrozo afirma que os miomas podem crescer acentuadamente durante a gravidez, o que parece ser devido ao aumento dos níveis hormonais. "Mas, após a gestação, geralmente eles retornam ao seu tamanho anterior", informa.
Durante a menopausa, os tumores podem diminuir. "Com o surgimento da menopausa, pela redução do estímulo hormonal, geralmente há diminuição desses tumores, que são altamente responsivos aos hormônios", finaliza Dr. Rezende.
Segundo Paulo Barrozo, especialista em obstetrícia e ginecologia do Centro de Tratamento de Miomas, aproximadamente 20% das mulheres entre 20 e 30 anos apresentam miomas, 30% entre 30 e 40 anos, e 40% entre 40 e 50 anos. As mulheres negras apresentam risco maior de desenvolver o quadro: 50% delas podem ter miomas de tamanho significativo. "Apesar de muito estudado, até hoje não se sabe exatamente porque ele aparece nas mulheres. Uma das possibilidades é o crescimento desordenado das células miometriais, formando o tumor. Alguns fatores podem favorecer o aparecimento dos miomas: ser da raça negra, ter história familiar de mioma, nunca ter tido filhos, obesidade, ingestão de carne vermelha em grandes quantidades, história de doença inflamatória pélvica, ligadura de trompas, uso de talco na região perineal uma ou mais vezes por mês, doenças como diabetes e hipertensão e idade entre 35-44 anos", descreve Dra. Mariana. "O uso de hormônios (anticoncepcionais orais, reposição hormonal) pode influenciar o crescimento desses tumores", completa Dr. Rezende.
Os tratamentos
Se o mioma não provocar nenhum tipo de sintoma ou desconforto nunca necessitará tratamento. Nada muda no dia-a-dia. "O que muda são os sintomas que podem advir da presença de miomas: sangramentos menstruais exagerados, cólicas menstruais, compressão da bexiga", afirma Dr. Rezende.
Mas, se o quadro pedir algum tratamento, este pode requerer remédios e, em alguns casos – quando provocar dores, hemorragias ou dificuldades reprodutivas – cirurgia. Os medicamentos usados são os à base de hormônios, que combatem as hemorragias internas, ou os denominados agonistas do GhRh, que promovem reduções temporárias do tamanho dos miomas. "Diagnostiquei os miomas há cinco meses. Antes do tratamento, sentia muita compressão na bexiga e cólicas. Comecei o tratamento há três meses e sinto que melhorou consideravelmente", fala a administradora Virginia Diniz, 30 anos.
Para os casos que necessitam de cirurgia, diferentes intervenções são indicadas Abaixo, um pequeno resumo de cada uma delas:
Miomectomia - miomas são retirados através de corte no abdômen, seguido de cortes no útero ou através de um pequeno orifício de 10 mm, onde é introduzido um instrumento chamado vídeo laparoscópio;
Vídeo histerocopia - retirada de miomas que estão parcialmente ou totalmente dentro da cavidade uterina por um instrumento chamado vídeo histeroscópio;
Histerectomia - retirada total ou subtotal do útero, através de incisão no abdômen ou na vagina ou através da vídeo laparoscopia onde a cirurgia é realizada por pequenos orifícios de 5 a 10 mm no abdome e a retirada do útero é feita pela vagina. Às vezes esta cirurgia é acompanhada da retirada dos ovários e trompas.
Nos últimos anos, foi criado um novo tratamento, que tem como objetivo bloquear o fluxo sangüíneo das pequenas artérias que levam o sangue que "alimenta" os miomas – isto leva a uma parada da hemorragia ginecológica e também a uma redução no tamanho dos miomas. Este tratamento é conhecido por embolização. "É executado por um médico radiologista intervencionista, que utiliza um finíssimo tubo (cateter) que é introduzido e usado para bloquear a artéria que está levando sangue para o local da hemorragia. Após as artérias serem bloqueadas, a hemorragia para progressivamente. Se os miomas são a causa da hemorragia e o seu suprimento de sangue é cortado, eles tendem a diminuir significativamente de tamanho", sentencia Barrozo.
Gravidez e menopausa
Alguns tipos de mioma podem prejudicar a fecundação. No entanto, segundo Dr. Rezende, a evolução de má gestação raramente é afetada pelos miomas. "Só ocorre ocasionalmente", explica. Já de acordo com a Dra. Mariana, uma mulher grávida com mioma tem que ser acompanhada bem de perto, pois existe chance deste mioma crescer muito ou até mesmo se degenerar. "Nestes casos, às vezes a grávida tem que ser operada antes mesmo do bebê nascer", explica ela. Barrozo afirma que os miomas podem crescer acentuadamente durante a gravidez, o que parece ser devido ao aumento dos níveis hormonais. "Mas, após a gestação, geralmente eles retornam ao seu tamanho anterior", informa.
Durante a menopausa, os tumores podem diminuir. "Com o surgimento da menopausa, pela redução do estímulo hormonal, geralmente há diminuição desses tumores, que são altamente responsivos aos hormônios", finaliza Dr. Rezende.
ola eu tenho mioma o meu fica do lado de fora do útero e sim ele faz com que as cólicas sejam parecidas com contrações de parto.Eu levei uma gravidez com este míoma que cresceu durante o periodo gestacional devido aos hormônios da gravidez , mas ele não impediu em nada o desenvolvimento da minha filha.O vilão da minha gravidez foi a falta de paz que me levou ao aumento da pressão gerando a temida "pre eclanpsi" por muito pouco eu não morri, mas minha filha virou anjinho e esta no céu olhando por nós.
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