Colchões para um bom sono

Uma indústria dinâmica e concorrida como a de colchões acaba produzindo muita informação que pode não ser propriamente a mais exata ou isenta. No afã de vender mais, publicitários podem abusar de frases de efeitos, termos pomposos, e o leigo tende a ficar confuso, sem saber o que realmente considerar para decidir a compra de um colchão.
É natural do ser humano, também, dar mais credibilidade a quaisquer termos rebuscados e aparentemente técnicos do que a informações simples e diretas. Este comportamento favorece a disseminação das lendas e mitos sobre os colchões.

Os estudos de Linus Pauling

É muito comum entre os criadores de boatos atribuir suas teorias estapafúrdias a estudiosos renomados, para emprestar deles alguma credibilidade. Caso seja um pesquisador já falecido mas um nome extremamente conhecido no meio da Física, tanto melhor.
Alguns vendedores de colchão de espuma, na tentativa de desmerecer os colchões de mola, criaram uma teoria de que o metal das molas afeta o campo magnético natural do corpo.
De fato, tirando-se a mesma informação copiada e colada à exaustão em sites de conteúdo duvidoso ou tendenciosos, não há informação que dê conta destes supostos malefícios dos colchões de mola à saúde humana.

Não descurem a escolha do colchão que, para além de garantir noites bem dormidas, tem de ser bem tratado de forma a assegurar a sua longevidade.

1. Se já o facto de terem de se habituar a dormirem juntos pode ser difícil, procurem facilitar esta transição com a escolha de um colchão confortável. A única forma de fazerem uma escolha acertada é experimentarem, literalmente, uma diversidade de colchões na loja – e não têm de se sentir intimidados, afinal de contas todas as outras pessoas à vossa volta estarão certamente a fazer o mesmo! Deitem-se da forma como habitualmente fazem em casa, mexam-se e repitam o processo em vários modelos – o corpo dará o alerta quando se sentirem especialmente bem.
2. Existem algumas dicas a considerar no que toca ao tipo de colchão mais adequado para vocês: quem tem tendência a dormir de barriga para baixo ou para um dos lados, prefere colchões macios; quem dorme de costas, geralmente prefere colchões firmes. O ideal é optar por um modelo mais robusto do que normalmente escolheriam, uma vez que o tempo e a utilização diária encarregar-se-á de o moldar aos vossos corpos, tornando-o progressivamente mais suave.
3. A construção de um colchão determina não apenas o seu grau de conforto mas também a sua durabilidade e porque um bom colchão implica algum investimento financeiro, tenham a certeza que o modelo escolhido é de elevada qualidade. As características a verificar incluem: um alinhamento perfeito das costuras, sem qualquer quebra; os segmentos acolchoados devem apresentar-se firmes e uniformes; a forma como as molas estão encaixadas é fundamental, porque não se devem sentir, nem ouvir; optem por um modelo com pegas dos lados, o que vai facilitar o manuseamento do colchão.
4. No caso dos colchões, o tamanho conta… e muito! Se sempre estiveram habituados a dormirem sozinhos, pode ser uma boa ideia comprarem uma cama – e consequentemente um colchão – maior. No entanto, certifiquem-se primeiro que têm espaço suficiente no quarto para acomodar uma cama de dimensões personalizadas. Neste campo, a regra de ouro é que existam, pelo menos, 15 centímetros a mais em termos de comprimento, para que nenhum de vocês se sinta apertado ou, pior, fique com os pés de fora!

5. Efectuada a compra, é preciso fazer render o investimento, até porque se for bem tratado um colchão pode durar até 10 anos. O primeiro passo é protegê-lo com um resguardo apropriado e resistem à tentação de recortar as suas etiquetas (são absolutamente necessárias se tiverem de reivindicar a garantia). Durante os primeiros 6 meses de vida, um colchão deve ser virado a cada três semanas; depois disso, pelo menos de três em três meses. Sempre que virarem o colchão, tenham o cuidado de o rodar também, ou seja, dos pés para a cabeça.
6. As pegas só devem ser utilizadas para ajudar a posicionar o colchão e nunca para transportar ou virar o mesmo – caso contrário correm o risco de facilmente rasgarem o colchão.
7. Manutenção diária: a cama deve ser arejada durante cerca de meia hora antes de ser feita.
8. Manutenção semanal: os lençóis devem ser mudados todas as semanas e, nessa altura, devem aproveitar para arejar o colchão durante uma ou duas horas, antes de voltarem a fazer a cama.
9. Manutenção mensal: o resguardo deve ser lavado todos os meses; aproveitem esta altura para aspirar o colchão, evitando assim a acumulação de ácaros e pó.
10. Evitem o desgaste e a deformação desnecessária do colchão: não se sentem nas pontas do mesmo; não utilizem, nem deixem as crianças fazer do colchão um trampolim.