Amor de Carnaval

Namoro e Carnaval, combinam? Há quem diga que não e acabam dando um jeito de terminar antes do soar dos tamborins. Outros saem para a folia bem acompanhados com seus parceiros e curtem a festa ainda mais unidos. Mas o evento tem um quê de liberdade, é inegável, que favorece para muitos o ciúme e a traição.
Para quem está solteiro, pode ser uma bela chance de ficar com alguém entre uma batucada e outra, ou enquanto aguarda a entrada da sua escola favorita. Pode ser um momento de usar uma fantasia provocante ou divertida, que facilite aproximação e brincadeiras de prováveis pretendentes. Afinal, a música já ajuda: “já beijei um, já beijei dois, já beijei três, hoje eu já beijei, vou beijar mais uma vez!”.
Por outro lado, há casais que se conheceram em pleno carnaval e o amor não acabou na quarta-feira de cinzas. Tem gente até que escolhe casar na concentração do bloco, abençoado por Momo e seu cortejo. Não importa. O que vale é ser feliz: solteiro, acompanhado, namorando, casado. Tudo depende das intenções do folião. Ou seja, o Carnaval é bem democrático e tem espaço pra todos os gostos. Não é mesmo?
Esta festa pagã tem alguma figuras tradicionais em seu simbolismo, como o Pierrô, a Colombina e o Arlequim. São personagens do estilo de teatro conhecido como Commedia dell´Arte, originado na Itália do século XVI. No espetáculo, os personagens fazem parte de uma trama cheia de sátira social e os três papéis representam serviçais envolvidos em um triângulo amoroso em que o Pierrô ama a Colombina, que ama o Arlequim, que por sua vez também a deseja. São os dramas emocionais, que vemos por aí aos montes, retratados na arte.
As marchinhas de carnaval também falam deste triângulo amoroso, dos encontros e desencontros.