Só para relaxar......

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6 de março de 2011

Burnout: quando o trabalho é a fonte de estresse

Segundo um estudo publicado pelo International Stress Management Association (ISMA), o Brasil é um dos países onde mais se trabalha no mundo, com média semanal de 54 horas contra a média mundial de 41 horas, dedicadas às tarefas profissionais, somente atrás da China, Estados Unidos e Alemanha.
A pesquisa também divulgou que tal carga horária de trabalho é diretamente proporcional ao grau de estresse do trabalhador brasileiro.
Na década de 70, nos Estados Unidos, estudiosos do estresse no trabalho criaram a expressão "burn out" que significa ser consumido, "queimado pelo trabalho". Tal denominação era usada para expressar uma exaustão emocional gradual e a ausência de comprometimento experimentado em função das altas demandas de trabalho.
Os primeiros profissionais avaliados pelos cientistas foram os enfermeiros, médicos, assistentes sociais, engenheiros e advogados. A partir destes primeiros estudos foi criado o primeiro conceito de burnout que resumi-se em "síndrome psicológica decorrente da tensão emocional crônica, vivida pelos profissionais cujo trabalho envolve o relacionamento intenso e frequente com pessoas que necessitam de cuidado e/ou assistência".
O conceito de burnout evoluiu, pois não somente os profissionais que prestam assistência têm estresse. Aliás, é comum o estresse estar presente numa promoção como mostra uma pesquisa realizada na Inglaterra que apontou profissionais promovidos com um aumento de 10% no nível de estresse.
Basicamente, o estresse profissional tem três "sintomas" psicológicos:
Exaustão emocional: a pessoa encontra-se exaurida, esgotada, sem energia para enfrentar outro projeto e sente-se incapaz de recuperar-se de um dia para o outro;
Despersonalização: o indivíduo adota atitudes de descrença, distância, frieza e indiferença em relação ao trabalho e aos colegas de trabalho;
Diminuição da realização pessoal: a pessoa experimenta ser ineficiente e incapaz para ter a plena convicção de que seu trabalho não faz diferença na empresa.
Frequentemente quem sofre o burnout também pode apresentar dores de cabeça, tensão muscular, distúrbios do sono (insônia) e irritabilidade. Além disso, os sentimentos negativos do trabalho começam a afetar o relacionamento familiar e a vida em geral. A pessoa tem propensão a largar o emprego e o número de faltas tende a aumentar.
Uma pesquisa mundial preparada pela Robert Half, líder mundial em recrutamento especializado, analisou respostas de seis mil executivos de recursos humanos em empresas de 17 países e foi possível notar que tanto no Brasil, como nos outros países, 83% dos homens se estressam no trabalho, contra 73% das mulheres.
Entretanto, a média nacional é maior do que entre os homens do resto do mundo onde a média de estresse é em torno de 77%. Aproximadamente 78% dos executivos brasileiros, homens e mulheres, relataram alguma vez ter sofrido estresse no trabalho.

E quem é mais workaholic?

Tal estudo ainda mostra que as mulheres são mais "viciadas pelo trabalho" do que os homens. Sendo que 36% das executivas afirmaram não gostar de ficar distante do ambiente de trabalho por períodos longos, contra apenas 10% dos homens. Esse dado, no mundo, é de 33% para mulheres e 18% para os homens.
As pesquisas mundiais têm comprovado que quanto maior o grau de estresse no trabalho, maiores são as buscas dos funcionários pela qualidade de vida, ou seja, por um equilíbrio realista e adequado entre a vida pessoal e trabalho. Alcançá-lo é um dos grandes desafios num tempo de tantas exigências, competitividade e rápidas mudanças. Porém, vale à pena tentar, nossa saúde física e mental agradece. Estresse: conheça este vilão silencioso.

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