Só para relaxar......

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13 de janeiro de 2011

Água como remédio

Em agosto último, o Museu de Londres exibiu um pote de creme milenar, encontrado em um templo celta-romano. Acreditam os especialistas tratar-se de uma espécie de hidratante feito à base de leite de cabra. As mulheres que o utilizavam há 2 mil anos ficariam encantadas com o avanço e as aplicações da tecnologia no desenvolvimento de produtos específicos para a hidratação da pele.

Nem mesmo Cleópatra a rainha do Egito que, já naquela época banhava-se com o leite de cabra a fim de conservar sua pele jovem e macia, poderia imaginar a evolução dos ingredientes utilizados para a hidratação da pele. Cleópatra tinha bons motivos para se banhar com o leite de cabra que possui micro moléculas de gorduras, facilmente incorporadas à pele, recompondo a camada oleosa e natural. Além de ser fonte importante de cálcio, fósforo, vitaminas A e D.

Muito tempo se passou, a tecnologia da indústria cosmética se desenvolveu, mas os desejos e a busca por uma pele saudável e macia continuam os mesmos. O que as mulheres do século XXI têm a seu favor é a diversidade de produtos disponível no mercado, voltados especificamente para os mais diferentes tipos de pele. Aí vem a dificuldade, como escolher o produto certo para a sua pele?. O primeiro passo é saber como os hidratantes agem em função da presença de determinadas substâncias presentes em suas fórmulas.

Até por conta da origem do prefixo grego Hidrus (água), pode-se imaginar que são os hidratantes que fornecem água à pele, o que não é verdade. O que eles fazem é criar uma barreira que impede a evaporação da água e ajuda a pele a manter o manto hidrolipídico (mistura imperceptível de água e óleo que protege a pele das agressões dos agentes externos) e/ou atraem água. Isso vai depender das características dos componentes do hidratante.

A dermatologista Ana Paula Lahoz Badiglian explica que a classificação mais aceita divide os hidratantes em três grandes categorias: oclusivos, umectantes, matrizes hidrofílicas e emolientes. Ana Paula ressalta que, na prática, alguns componentes atuam de mais de uma maneira.
Os Hidratantes OCLUSIVOS são aqueles que impedem a evaporação da água da pele para a atmosfera. “Normalmente são compostos por substâncias mais oleosas que impedem que a água passe através delas”, explica Ana Paula. De acordo com a dermatologista, há várias categorias de oclusivos e entre eles estão os hidrocarbonetos (como petrolato, óleo mineral), os silicones (dimeticone e ciclometicone), os óleos vegetais, as gorduras animais, os ácidos graxos, os álcoois graxos e poliídricos, os ésteres de cera e os esteróis.

Os hidratantes que pertencem ao grupo dos UMECTANTES, de acordo com a dermatologista, são considerados pelos médicos os hidratantes “ativos” justamente pelo fato de as suas substâncias atraírem água para a pele. São os hidratantes compostos principalmente por uréia, glicerina e propilenoglicol.

Já na categoria MATRIZES HIDROFÍLICA, encontramos substâncias de alto peso molecular que formam uma barreira contra a evaporação da água através da pele. Alguns exemplos são o ácido hialurônico e a aveia coloidal.

Outro grupo de substâncias que encontramos no hidratante são chamados EMOLIENTES. Eles podem agregar diversas características ao produto como um toque seco ou mais oleoso, uma ação mais prolongada e até mesmo um poder adstringente. Sua principal função é a de preencher os espaços entre as escamas da pele deixando-a macia e suave ao toque. Os silicones, óleos de jojoba e de castor são bons exemplos de emolientes.
Não somente durante o inverno mas também no verão, precisamos devolver a água e a gordura que foram retiradas da pele. É que as substâncias abrasivas passam varrendo a sujeira da superfície, mas carregam igualmente parte do manto hidrolipídico, importante camada protetora da epiderme composta especialmente por água - obtida do suor produzido pelas glândulas sudoríparas e também das células das camadas mais profundas da pele - e por gordura. Nessas condições, a pele fica receptiva como uma esponja aos princípios ativos dos hidratantes.

Ao contrário do que se pode imaginar, as pessoas com pele oleosa também precisam de hidratação, pois além de a produção maior de sebo não impedir a perda de água, a pele oleosa sofre com uso maior de produtos de limpeza e abrasivos. Um bom motivo para entender a necessidade da hidratação para todos os tipos de pele é o fato de o corpo humano ser constituído por cerca de 75% de água. Toda essa quantidade de água é a grande responsável pelo bom funcionamento e aparência saudável da pele.

Uma vez que a perda de água para o meio externo é constante, perdemos água por meio do suor, do ressecamento provocado pelo ar-condicionado, das agressões do meio ambiente como o vento e excesso de sol, desencadeia-se a desidratação cutânea. Segundo Eliana Siqueira, pesquisadora da Johnson & Johnson , toda a água perdida precisa ser reposta para manter a qualidade e a saúde da pele. Precisamos de água e umectação”, conclui.


Para ler o texto na íntegra, entre no site http://www.blogger.com/www.jnjbrasil.com.br
Fontes: Centro de Pesquisa e Tecnologia da Johnson & Johnson e a dermatologista Ana Paula Lahoz Badiglian.
Imagens: http://oglobo.globo.com
www.colgate.pt

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